Biobanco – UNIFESP

Por: Prof. Dr. Gilles Landman

Definição:

O Biobanco-UNIFESP é órgão complementar da Universidade Federal de São Paulo vinculado à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (ProPGPq), aprovado pelo Conselho da ProPGPQ em 29 de outubro de 2019 e oficializado em 11 de março de 2020.

Trata-se de uma plataforma de integração dos grupos de pesquisa da UNIFESP, destinada a coletar e armazenar material biológico humano na forma de um Biobanco, para fins de pesquisas futuras nas diferentes áreas das Ciências Biológicas e da Saúde, conforme normas técnicas e operacionais pré-definidas, sob responsabilidade e gerenciamento Institucional, sem fins comerciais (Resolução CNS 441/11 e portaria no. 2.201, Art 3º).

O Biobanco-UNIFESP atende a Diretriz Instituinte 5 do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI 2016-2020 da UNIFESP, que trata das metas relacionadas à Convergência do Conhecimento, promovendo estudos multidisciplinares e convergentes em pesquisas avançadas na área da saúde, intra e intercampi. O Biobanco-UNIFESP contribuirá com o desenvolvimento acadêmico, científico, tecnológico e social da Universidade e do País e cooperará com as Unidades Acadêmicas e Universitárias, bem como com os demais Órgãos Complementares da Reitoria da UNIFESP.

 

Impactos Previstos

O Biobanco UNIFESP proporcionará um salto na qualidade e quantidade de pesquisas, uma vez que disponibilizará material biológico humano de alta qualidade, considerando a meta de investigação de biomarcadores, fatores prognósticos, elementos biomoleculares, dados de proteômica, alvos terapêuticos e sobretudo, para validação de experimentos nas diversas fases da pesquisa clinica.

 

Modelo de Gestão e Governança (de acordo com a minuta do Regimento Interno do Biobanco-UNIFESP):

O Biobanco-UNIFESP conta com dois órgãos diretivos: Comitê Gestor e Científico, conforme descrição no Regimento.

 

Comitê Gestor nomeado pela PRPGPQ em 2020

  1. Coordenador do Comitê Gestor (indicado pela PROPGPQ): Prof. Dr. Gilles Landman
  2. Vice-coordenador eleito entre os membros do Comitê Gestor: Profa. Dra. Janete Maria Cerutti
  3. Diretor da Escola Paulista de Medicina: Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão
  4. Diretor da Escola Paulista de Enfermagem: Profa. Dra. Janine Schirmer
  5. Representantes das diferentes áreas de pesquisa:
  6. Patologia: Prof. Dr. Rimarcs Ferreira
  7. Cirúrgica: Profa. Dra. Lydia Massako Ferreira
  8. Clínica: Prof. Dr. Arnaldo Lopes Colombo
  9. Básica: Profa. Dra. Maria Aparecida Juliano
  10. Enfermagem: Profa. Dra. Maria Angélica Sorgini Peterlini
  11. Coordenador do Comitê Científico: Profa. Dra. Janete Maria Cerutti

 

Comitê Científico nomeado pela PRPGPQ em 2020:

  1. Coordenador do Comitê Científico: Profa. Dra. Janete Maria Cerutti
  2. Vice-coordenador eleito entre os membros do Comitê Científico: Profa. Dra. Ana Cristina Gales
  3. Patologia: Profa. Dra. Antônia Maria de Oliveira Machado
  4. Armazenamento e Processamento de Espécimes Biológicas: Profa. Dra. Ana Cristina Gales
  5. Cirurgia: Prof. Dr. Feres Chaddad Neto
  6. Enfermagem: Profa. Dra. Mônica Taminato
  7. Informática e Sistemas: Prof. Dr. Fabiano Paixão

 

Servidores:

Estão contratados três servidores no biobanco, duas biomédicas (Meline Rezente de Moraes e Isabela Campos) e uma assistente em administração (Dennise Keller da Silva).

 

Investimento: foram investidos entre material permanente e de consumo, aproximadamente R$ 2065.000,00 (vide figura 1)

 

Figura 1: Investimentos discriminados para a implantação do Biobanco UNIFESP.

Estrutura:

O biobanco tem aproximadamente 70 m2 de área, dispondo de 5 freezers -80 ºC, com capacidade estimada de armazenamento para 105.000 amostras.

Foi projetado para manter o meio ambiente à temperatura de 19 ºC para não sobrecarregar os freezers e permitir manipulação de amostras sem perda significativa por degradação térmica.

Dispõe de área administrativa, área de recepção de material para triagem e identificação por código de barras dos criotubos, laboratório de extração de DNA/RNA com cabine de segurança nível 2, laboratório de manipulação de amostras teciduais e sanguíneas, além de áreas de expurgo e chuveiro sanitário de segurança.

Gerenciamento de amostras e comunicação com a comunidade científica:

O programa de gerenciamento do Biobanco permite que pesquisadores se cadastrem online e informem suas linhas de pesquisa, que averiguem a quantidade e tipos de amostras armazenadas, e também solicitar amostras, podendo acompanhar o status de seu pedido.

No site do biobanco (biobanco.unifesp.br) há instruções de como proceder à doação de amostras biológicas, tanto teciduais quanto líquidas (sangue e derivados, líquidos corporais e punção aspirativa). Instruções para solicitação de amostras para pesquisas também encontram-se discriminadas.

 

Como doar amostras para o biobanco:

Toda doação de material biológico humano para o biobanco deve ser acompanhada de preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ou se menor de 18 anos de idade, do Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). As amostras teciduais devem ser congeladas imediatamente em nitrogênio líquido e as sanguíneas colocadas em tubos apropriados (EDTA ou gel separador), previamente identificadas com etiquetas e o formulário apropriado preenchido. Está em fase final de implantação o preenchimento online deste formulário. Maiores informações são encontradas no seguinte link: https://drive.google.com/file/d/1mCO-mlFWTyAZmc4Fl0icoPg-dfBF0HCF/view

Precisa imprimir o TCLE ou TALE?

TCLE link: https://drive.google.com/file/d/1RlDn16eOHTJ6muD3gpvVlO9S9qYE1ntf/view?usp=sharing

TALE link:  https://drive.google.com/file/d/137UN0S6OOoOZONevVkN6CmYzK76g3OUy/view?usp=sharing

 

Para que doar material para o biobanco?

Os biobancos são fontes inestimáveis de material biológico para pesquisas. O armazenamento de amostras congeladas e bem preservadas permite que se façam estudos moleculares, de todas as ômicas e auxiliam em pesquisas básicas e clínicas, sendo objeto de desejo de laboratórios farmacêuticos para validar marcadores de todos os tipos de doenças, especialmente oncológicas. Um biobanco bem estruturado, com dados clínicos consistentes e número elevado de amostras, permite pesquisas relevantes e de alto impacto na literatura. É notória a elevação do nível de impacto das publicações de uma instituição que possui biobancos, pois a qualidade das amostras permite estudos confiáveis e de alto valor científico.

 

Quantos biobancos há no Brasil?

Segundo a CONEP há 56 biobancos no Brasil, a maioria no sul e sudeste.

 

Há alguma entidade que congrega informações sobre biobancos mundiais?

A ISBER (International Society for Biological and Environmental Repositories) oferece cursos, informações básicas, literatura e organiza congressos. Seu site é https://www.isber.org/.

É interessante notar que uma das observações da chamada para o seu congresso de 2022 é de que há poucas amostras coletadas na américa latina e continente africano comparando-se com a europa e américa do norte, como se pode ver neste link: https://mail.google.com/mail/u/0/?ogbl#inbox/FMfcgzGmthmZthbZHzlNPXkcpvHSjXNr.

 

Contato com o Biobanco UNIFESP

Endereço: Rua Pedro de Toledo 781 1o andar sala 1.
Telefone: 5576-4848 Voip 3099 ou pelo e-mail: biobanco@unifesp.br

Prof. Dr. Gilles Landman
(Prof. Adjunto do Departamento de Patologia – EPM/UNIFESP)